quarta-feira, agosto 27, 2008

O Apogeu do Instante.

O pilar da inocência reerguido da incerteza
Como uma Fénix ressurrecta
Inquieta no seu sossego.
As verdades são cerejas frescas numa embalagem reciclada,
O ápex grosseiro de um desgoverno intimado,
A genialidade de um time-out precoce,
Enfim bocejos e relances de gente deambulante,
Passos pundonorosos e assimétricos na balbúrida do realmente.

A esfera completou três rotações,
Eixo subtilmente inclinado,
Resolutamente achatada,
Um bólide arrancado a um pedaço de ausência,
E a fúria que navega em contramão.

Sentimo-nos velhos e novos,
Mas ainda assim sentimos,
Fosse a verdade outra que não a disposta e julgar-se-ia o sentir sem sentido.
Mas que outro sentido dar aos sentidos,
Que o de uma sombra que embala o desejo,
E o de um desejo que encerra uma sombra..?

27/08/2008
3:32

segunda-feira, agosto 11, 2008

Sprint.

Corre,
Que se acaso cessa o mundo,
Se acaso o fôlego nos falta
E se morre,
Mais vale que seja em alta
Do que num poço sem fundo.

Luta,
Que se acaso há temporal,
Se acaso a maré for negra,
Sem labuta
Lá se vai o pedestal
E o pódio se desintegra.

Vence;
Não há como ser lembrado
Sem vencer esta corrida,
Pois quem pense
Em deixar algum legado,
Só à custa de uma vida.

Mas p'ra quê?
De que valem letras de ouro
E recordes nos anais?
Apenas sê,
Que o verdadeiro tesouro
Contigo nasce e se esvai.

11/08/2008
12:34