tag:blogger.com,1999:blog-388920352024-03-14T10:32:19.855+00:00The Mindstream of Inevitable ThoughtsSephirothhttp://www.blogger.com/profile/07588075177406638375noreply@blogger.comBlogger310125tag:blogger.com,1999:blog-38892035.post-67582132098469376112019-11-12T12:44:00.003+00:002019-11-12T12:44:33.433+00:00Por que vivemos...Se o sentimento nos cega,
Pr'a que lhe damos guarida?
A razão que se nos nega;
A razão da nossa vida.
Se o sentimento nos trai
A cada passada em falso,
Não se adivinha onde vai
Mas vamos no seu encalço.
Se o sentimento nos mata
Mas dá vida enquanto há vida,
Por que há-de a razão ingrata
Recusar-se a ser vencida?
Desnorteados seguindo
Dos caprichos a vontade,
Da razão nos vão despindo
Que nem Sephirothhttp://www.blogger.com/profile/07588075177406638375noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38892035.post-38894693224781746002019-09-12T13:41:00.000+01:002019-09-12T13:41:18.748+01:00AnsiedadePorque me deixo embalar
Por esta coisa esquisita,
Esta coisa que me habita
Tomando à paz o lugar?
Porque me deixo ficar
Nesta coisa indefinida,
Nesta atenção distraída
Ao que não quero pensar?
Porque me deixo entreter
Por esta coisa anormal?
Será que quero afinal
O que não sei nem dizer?
Porque me deixo vencer
Nesta ansiedade de morte,
Esta coisa à toa, à sorte
Que não consigo entender?
Sephirothhttp://www.blogger.com/profile/07588075177406638375noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38892035.post-13065138059179884452019-03-07T03:29:00.000+00:002019-03-07T03:29:33.111+00:00O Princípio da IncertezaQue bizarra a naturezaQuando vista ao pormenorNesse delírio suspensoEntre ser-se e não se serO princípio de incertezaSempre nos leva a melhorNo seu real contra-sensoDe se saber sem saberParece contradiçãoEsta essência indefinidaQue nos deixa a duvidar Da nossa própria contendaE às vezes esta impressãoDe qualquer coisa escondidaNa espuma que o nosso olharDe silício não desvendaJá dizia o Sephirothhttp://www.blogger.com/profile/07588075177406638375noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38892035.post-41666404224836404492019-03-03T03:29:00.003+00:002019-03-03T03:30:25.323+00:00A outra vida Mote
Quem sabe se noutra vidaA vida fora dif'rente?Se apenas nesta se lidaQue dif'rença faz à gente?
Glosas
Não há dúvida maior
Na vida que nós vivemos:
Que é de nós quando morremos?
Vamos desta p'ra melhor?
Nunca nada ao meu redor
Me deu resposta devida.
Haverá ou não guarida
Do outro lado da morte?
Fico na mesma, sem sorte...
Quem sabe se noutra vida...?
Ninguém sabe o que isto Sephirothhttp://www.blogger.com/profile/07588075177406638375noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38892035.post-67420764880000194732019-03-02T21:46:00.002+00:002019-03-02T21:46:54.476+00:00Jardim de SaudadeEstes versos que hoje cantoSão saudades em botão.No jardim do desencanto,Todos os versos que plantoSão rebentos da paixão.São penas que remanescem,Dissabores que ato em molhos;Mágoas que brotam e crescem,Fazem-se versos, florescem,Regados pelos meus olhos.São lembranças que, a cantar,Transplanto pela raiz,De outro tempo, outro lugar,De outro jardim tão vulgarOnde o fado não me quis.Por isso cantoSephirothhttp://www.blogger.com/profile/07588075177406638375noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38892035.post-27654060722207316382019-02-27T17:22:00.001+00:002019-02-27T17:25:25.614+00:00Tudo na vida é mentira Mote
Tudo o que a vida nos dá
Tudo o que a vida nos tira
Tudo o que vida será
Tudo na vida é mentira
Glosas
A vida é só como um vento
Um breve sopro e já está
Toda a vida é um momento
Tudo o que a vida nos dá
A vida que nos derrota
A mesma que nos inspira
Tudo na vida se esgota
Tudo o que a vida nos tira
Que vida esta sem norte
Uma vida ao deus-dará
Tudo na vida é à sorte
Tudo o que aSephirothhttp://www.blogger.com/profile/07588075177406638375noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38892035.post-56862735360185257902019-02-26T00:46:00.000+00:002019-02-26T00:46:32.657+00:00AlguénsAlguém que quis mostrar-me paraísosAlguém que quis mostrar-me infernais cenasAlguém que, estando triste, me deu risosAlguém que, sendo alegre, me deu penasAlguém que a mão estendeu quando caíAlguém que o pé esticou p'ra me tombarAlguém que me abraçou quando sofriAlguém que se escusou de me abraçarAlguém que trouxe ao mundo algo de novoAlguém que destruiu algo no mundoAlguém que deu de si mesmo aoSephirothhttp://www.blogger.com/profile/07588075177406638375noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38892035.post-85167643511178656362019-02-24T14:13:00.003+00:002019-02-24T14:15:41.213+00:00Quem quer saber ao que vemMote
Quem quer saber não encontra;Quem não quer é que está bem:Parece o mundo que é contraQuem quer saber ao que vem.
Glosas
Quem passa a vida a olhar
O mundo como uma montra,
Vive e morre a procurar:
Quem quer saber não encontra.
Do segredo o conteúdo
É quem procura refém.
P'ra quê querer saber tudo?
Quem não quer é que está bem.
Quando algo se acha entendido
Mostra-se o mundo Sephirothhttp://www.blogger.com/profile/07588075177406638375noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38892035.post-20931865395682591032019-02-22T17:54:00.001+00:002019-02-22T17:54:21.828+00:00AquiAqui onde me vejoNo espelho do temorAqui onde o desejoTropeça na memóriaAqui onde o feitiçoDesata a minha dorAqui onde me enguiçoNum limbo de oratóriaAqui onde me sintoMais alto e mais pequenoAqui onde me mintoÀ falta de um sentidoAqui onde ao perdãoMe entrego e me condenoAqui onde este chãoÉ leito arrefecidoAqui onde o adeusNão tem cura nem leiAqui onde são meusOs versos que não fizAqui mato a Sephirothhttp://www.blogger.com/profile/07588075177406638375noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38892035.post-34210613069992690142019-02-18T01:40:00.003+00:002019-02-18T01:40:59.942+00:00Agora és a saudadeFoste chama crepitanteContra o frio acutilanteDa noite dos teus sentidosMas quanto maior a chamaMaiores sombras derramaPelos caminhos perdidosFoste o tronco da vontadeEnfrentando a tempestadeQue ora seduz ora dóiA ventania das folhasConfunde tantas escolhasE trai os passos do heróiFoste uma onda de vidaDe horizontes desmedidaNo furor das maresiasNão há onda que não caiaNas areias dessa praiaNa Sephirothhttp://www.blogger.com/profile/07588075177406638375noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38892035.post-74641814605504858932018-11-10T16:01:00.002+00:002018-11-10T16:01:48.494+00:00BoleiaFica na berma encostadaÀ espera de uma boleiaA vida quando receiaDobrar as curvas da estradaO mapa que traz consigoÉ uma bússola sem norteE não garante um transporteQue evite cada perigoNão usa a quinta mudançaPor medo de ter um furoPorque não tem um seguroNem cinto de segurançaDesde que um dia sentiuQue derrapou na viagemPôs o carro na garagemE nunca mais conduziuFica na berma encostadaÀ mercê Sephirothhttp://www.blogger.com/profile/07588075177406638375noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38892035.post-38397817172030180432018-10-31T21:23:00.001+00:002018-10-31T21:23:21.136+00:00DeusaÉs pão no meu jejum, és primaveraQue vence este meu gélido torpor;És bálsamo que acalma a minha dor,Que me encontra febril e regenera;És o porto de abrigo que se esperaAo fim de um temporal devastador;És a reza atendida e o favorDa deusa já esquecida de outra era;És quem me dá a mão se estou no fundo;És transfusão de sangue e eu moribundo;És cálida carícia no meu pranto;És a graça maior que me Sephirothhttp://www.blogger.com/profile/07588075177406638375noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38892035.post-43109868608516426072018-04-25T18:24:00.000+01:002018-04-25T18:25:46.755+01:00PerguntoPergunto ao mar alto porquê
Pergunto às estrelas p'ra quê
Mistérios que exalto à mercê
Do que entre janelas se vê
Pergunto às montanhas o quê
E ao vento se crê ou não crê
Perguntas tamanhas, sem quê
Nem porquê
Pergunto ao mar todo onde vou
Pergunto à poeira quem sou
Que chuva, que lodo agitou
Que rubra lareira me inflou
Pergunto ao luar se me amou
E ao sol se por mim deflagrou
Só sei duvidar Sephirothhttp://www.blogger.com/profile/07588075177406638375noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38892035.post-83557591813713904632018-03-27T16:05:00.000+01:002018-03-27T16:05:07.373+01:00CorrenteNão há poemas sem vidaE não há vida sem morteNão há morte sem partidaNão há partida sem norteNão há norte sem lugarNem há lugar sem momentoNão há momento sem parE não há par sem tormentoNão há tormento sem dorNão há dor sem uma curaNem há cura sem amorE nem amor sem loucuraNão há loucura sem fundoE não há fundo sem cumeMas não há cume sem mundoNem há mundo sem ciúmeNão há ciúme sem beijoNão há Sephirothhttp://www.blogger.com/profile/07588075177406638375noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38892035.post-27463505403222289582017-07-18T22:32:00.000+01:002017-07-18T22:32:29.094+01:00Tanto e tão pouco...De tanto que a noite é escuraDo pouco que é claro o diaParece a noite que duraTanto mais do que deviaDe tanto que os olhos choramDo pouco que a boca riParece até que demoramMais as lágrimas em tiDe tanto que erram as mãosDo pouco que o ser acertaTanto que os sonhos são vãosTanto que a alma é desertaÉ tanto que o peito senteSe não é medo, é saudadeTão poucas vezes contenteAo sabor da tempestade15/Sephirothhttp://www.blogger.com/profile/07588075177406638375noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-38892035.post-42110667515908085592017-07-13T11:18:00.000+01:002017-07-13T11:18:34.421+01:00RenúnciaHouvesse ainda vontade,Fosse a vida menos tarde,Vencesse eu esta mudez...Se me deixasse a saudade,Se não fosse tão cobarde,Mais feliz fora, talvez...E não andara à derivaE fora a vida mais vivaE tudo o mais que eu erreiEm tão toscas tentativas...Houvesse ainda salivaP'ra dizer o que não sei.Voltar atrás não se podeE não há quem nos acordeDeste torpor que é viver;Que o vento não me incomodeE a Sephirothhttp://www.blogger.com/profile/07588075177406638375noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38892035.post-57189171883346599092017-05-24T23:50:00.000+01:002017-05-24T23:50:46.542+01:00Exortação.Compete-nos o histórico momentoQue às outras gerações se tem fintadoDe recusar os erros do passadoCom firmeza maior que a do lamento;É tempo de fazer o julgamentoSem vergonha de apontar os culpados,De dissecar memórias e legados,De rescrever o nosso testamento.Uma ideia só basta ter presente,Que como agora o balanço se apuraDo que ontem foi danoso e foi prudente,O que hoje se projecta, Sephirothhttp://www.blogger.com/profile/07588075177406638375noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38892035.post-81022345135130766892016-11-27T17:08:00.002+00:002016-11-27T17:08:27.360+00:00Poetas banaisPoetas não são o marNem ondas nem temporais,Poetas são espuma que fica por cima de tudo o que agita...Nas suas palavras vãsOs ventos que sopram maisSão ventos de fora mas sopram por dentro da mágica escrita.Feitiços de luz e de cores, das dores que à mãoDão corda e dão traços e pintam, desenham na folha sinaisDos tais artifícios, condão dos indícios, inícios finais.
Poetas não vão ao marComo se Sephirothhttp://www.blogger.com/profile/07588075177406638375noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38892035.post-43430742000139045482016-11-25T13:37:00.002+00:002016-11-25T13:37:49.411+00:00ExílioNão sei se estar sozinho me iluminaE me faz ver as coisas como são,Se o silêncio revela ao coraçãoSegredos que o tumulto não me ensina;Ou se é de estar a sós que se alucina,Se é disfarçadamente a solidãoMemória sem raiz, sem direcção,Semente de uma fuga que germina...Não sei se neste exílio me aprofundoOu me imerjo num mundo imaginárioE sou dos meus receios vagabundo...Não sei se vejo as coisas Sephirothhttp://www.blogger.com/profile/07588075177406638375noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38892035.post-8741035500443616032016-11-22T20:48:00.002+00:002016-11-22T20:48:53.041+00:00Hora da CeiaQue silêncio me acompanhaNa noite dos meus sentidos...Não há lobos na montanha,Já não oiço os seus latidos,Não há fogueiras acesasNem cheiro de erva cidreira,Só estas mãos indefesasPerdidas numa algibeira.Que escuridão me ilumina,Que fome me dá sustento...E a solidão imagina,Desta noite o testamento:Sou herdeiro de um futuroQue a lua nova ensombreia,Um pôr do ser prematuroAntes da hora da ceia.22Sephirothhttp://www.blogger.com/profile/07588075177406638375noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38892035.post-57749890501925692282016-11-15T16:57:00.001+00:002016-11-15T16:57:23.091+00:00Fogo, Chuva, VentoArde o fogo, queima a terraRenova-se o chão p'ra tornar a nascer...Chove a chuva, molha a cinza,Refresca-se a terra e volta-se a crescer...Ventam ventos, são lamentosLevantando o pó das coisas que hão-de ser...E eu sou fogo e chuva e vento,Sou eu a ventar, a chover e a arder.Cruzo mares e desertos,Tão longe e tão perto de ali me encontrar...Perco o rumo, encontro nortesAo sul desta sorte que Sephirothhttp://www.blogger.com/profile/07588075177406638375noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38892035.post-34073811191273735302016-11-05T13:07:00.001+00:002016-11-05T13:07:45.655+00:00Amo em qualquer lugar...Via
Entre as coisas banais
Dos dias sempre iguais
Os sonhos que jamais
Poderiam nascer;
Dias
De eternos rituais
E repetidos ais
E gestos virtuais
Que nos querem dizer
Todo o tempo encalhado
Na promessa de acontecer.
Pasmam frente ao passado
As horas
De um futuro adiado
Agora,
Vida fora em cuidados
Que penhoram
Tantos dias parados
Em demoras.
Quero e não quero partir;
Vou mas não posso chegar,
Sephirothhttp://www.blogger.com/profile/07588075177406638375noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38892035.post-51225028729114347562016-11-05T00:29:00.001+00:002016-11-05T00:29:58.204+00:00Valsa dos Mal-AmadosUma história curtaFeita muito à brutaE sem nenhum zelo;Um conto de fadasQue em menos de nadaVira um pesadelo;As vidas à toaDe duas pessoasBuscando sentido,Toscas tentativasQue as lança à derivaP'lo tempo perdido.Conheceram-se ontemE, embora defrontemReiterados cios,Já paixões abundamE os dois aprofundamOs seus desvarios,Que a paixão é cegaNessa cega-regaDe lençóis e lua;Fazem às escurasImpensadasSephirothhttp://www.blogger.com/profile/07588075177406638375noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38892035.post-29694167398501318702016-11-03T15:57:00.003+00:002016-11-03T15:57:35.349+00:00Quadras ao AcasoNão conheço outra vontade,Outro desígnio maior;Por mais que lute ou que bradeO acaso leva a melhor.Mereci marés de sorte,Cruzei azares à toa;Não há destino mais forteQuando o acaso atraiçoa.Do mundo não me apoderoQue o mundo nunca foi nosso:Tudo o que posso e não quero,Tanto que eu quero não posso.12/06/201614:41Sephirothhttp://www.blogger.com/profile/07588075177406638375noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38892035.post-27102947004680391392016-06-15T12:33:00.002+01:002016-06-15T12:33:14.890+01:00RemorsoEra um dia tão cinzentoComo outros dias de OutonoE o céu chorava de mágoas;Era o eco de um lamentoDe uns olhos ao abandonoLavados nas suas águas.As chicotadas do ventoMal as sentia, irrisóriasAnte os remorsos da vida;Torturas que em pensamentoArrastam duras memóriasDe uma alma arrependida.Desse Outono era refémE chorava por ter feitoTanto mal no seu passado...Não há sol para quem temNos escombrosSephirothhttp://www.blogger.com/profile/07588075177406638375noreply@blogger.com0