segunda-feira, janeiro 21, 2008

Um amor que não tem margem.

Na certeza de ser pássaro
E voar sobre o meu corpo
Há um sonho que transporto
Pela brisa em que vogo

Na pele em que me sinto
E nos olhos por que vejo
Tento ser todo esse amor
Que entrevejo a dormir

E na fala de um anjo
Que encontro sem procurar
Há um livro sempre aberto
Como um mar por descobrir
E nas asas em que voo
Com esta cumplicidade
Vou desbravando nas águas
Um amor que não tem margem

No sorriso que pressinto
Quando espreito pelo ombro
E me deparo contigo
A soprar todo esse vento

Cabelos desalinhados
Cobrindo as faces que meigas
Me transbordam e contêm
Em carinhos não contidos

05/12/2004

quarta-feira, janeiro 16, 2008

Desabafo...

Porque às vezes as memórias são salgadas
E o lume é um botão de mágoa em flor
Se há sentenças que na vida estão marcadas
É certa a crua perda de um amor

15/01/2008
2:38

segunda-feira, janeiro 14, 2008

Life hoop.

Grab a gun and blow the liver
I just wanna walk alone
Shoot her down at dawn and leave her
I’ll still buy my ice-cream cone
I just wanna walk alone

Same old tales and same old stories
Drown the soul in pools of beer
Get a hold of those fool glories
Watch out if the way is clear
Drown the soul in pools of beer

Grab the knife, I’ll kill my brains
For a glass or two of wine
I know how your door complains
When that door is really mine
I just wanna cross the line

I forget to knock and wait for
My turn in the queue
I just wish I had the time to
Listen to you

11/01/2008
19:38

Soneto.

Reservo-me a liberdade de ler
Constantes esdrúxulas no caminho
Hieróglifos que interpreto sozinho
Por essas madrugadas sem prazer

Decoro as expressões acabrunhadas
Perdidas como foram nos espaços
Feridas que transporto nos meus passos
Atentas aos motivos das pegadas

No turbilhão que em mim se emancipou
Florescem duradouras qualidades
Que rasgam as razões do que não sou

É então que no escuro me discorro
E elevo ao desvario das faculdades
Fragmentos que me doem do que morro

11/01/2008
6:30