segunda-feira, janeiro 14, 2008

Soneto.

Reservo-me a liberdade de ler
Constantes esdrúxulas no caminho
Hieróglifos que interpreto sozinho
Por essas madrugadas sem prazer

Decoro as expressões acabrunhadas
Perdidas como foram nos espaços
Feridas que transporto nos meus passos
Atentas aos motivos das pegadas

No turbilhão que em mim se emancipou
Florescem duradouras qualidades
Que rasgam as razões do que não sou

É então que no escuro me discorro
E elevo ao desvario das faculdades
Fragmentos que me doem do que morro

11/01/2008
6:30

2 comentários:

Anónimo disse...

Confias?

Anónimo disse...

No soneto as quadras obedecem às rimas entre si.