segunda-feira, agosto 11, 2008

Sprint.

Corre,
Que se acaso cessa o mundo,
Se acaso o fôlego nos falta
E se morre,
Mais vale que seja em alta
Do que num poço sem fundo.

Luta,
Que se acaso há temporal,
Se acaso a maré for negra,
Sem labuta
Lá se vai o pedestal
E o pódio se desintegra.

Vence;
Não há como ser lembrado
Sem vencer esta corrida,
Pois quem pense
Em deixar algum legado,
Só à custa de uma vida.

Mas p'ra quê?
De que valem letras de ouro
E recordes nos anais?
Apenas sê,
Que o verdadeiro tesouro
Contigo nasce e se esvai.

11/08/2008
12:34

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