Por saber que a vida é breve
É que o meu ser se angustia
Na busca de outro sentido
No poema que se escreve,
Nos braços da melodia,
Num pensamento atrevido...
De vez em quando a razão,
Na frieza que lhe é cara,
Revela-me o que já sei:
Que ando atrás duma ilusão
E a vida não desmascara
As sombras em que eu cismei.
Pois se é na sombra que vivo
De uma luz que não conheço
Procuro dentro de mim:
Eu mesmo invento o motivo,
Que eu de tudo sou começo
Como de tudo sou fim.
23/01/2016
16:15
domingo, janeiro 24, 2016
sábado, janeiro 23, 2016
Quebranto.
Quem foi que prometeu e por que lei
Nos convenceu que bastava a promessa?
Quem foi que fez da dúvida inconfessa
Certeza em que tão firme acreditei?
Quem foi que apregoou de boca cheia?
Quis com pregões matar a nossa fome?
Quem foi que deu às palavras o nome?
Seduz-me com seus cantos de sereia...
Quem foi que nos roubou ao nosso abrigo
E ao mundo nos lançou desamparados?
Quem foi que cometeu tantos pecados
E encontra a expiação no meu castigo?
23/01/2016
10:20
Nos convenceu que bastava a promessa?
Quem foi que fez da dúvida inconfessa
Certeza em que tão firme acreditei?
Quem foi que apregoou de boca cheia?
Quis com pregões matar a nossa fome?
Quem foi que deu às palavras o nome?
Seduz-me com seus cantos de sereia...
Quem foi que nos roubou ao nosso abrigo
E ao mundo nos lançou desamparados?
Quem foi que cometeu tantos pecados
E encontra a expiação no meu castigo?
23/01/2016
10:20
quarta-feira, janeiro 20, 2016
Bússola.
Abraça-me esta noite de cansaço,
De frio que me não deixa sossegar;
Um gesto é só que basta p'ra sonhar
Que vida não é mais do que esse abraço.
Ampara-me em teu colo generoso
Nesta amizade pura que nos une,
Não deixes que esta mágoa seja impune
No rosto que contorço lacrimoso.
Agarra-me estas mãos desfalecidas
E diz-me que o caminho é muito mais,
Que além dos tropeções e vendavais
Assomam-se já graças prometidas.
Afaga-me o cabelo e, por favor,
Sorri como só tu sabes sorrir;
Ensina-me a chegar após partir:
És hoje a minha bússola de amor.
20/01/2016
18:16
De frio que me não deixa sossegar;
Um gesto é só que basta p'ra sonhar
Que vida não é mais do que esse abraço.
Ampara-me em teu colo generoso
Nesta amizade pura que nos une,
Não deixes que esta mágoa seja impune
No rosto que contorço lacrimoso.
Agarra-me estas mãos desfalecidas
E diz-me que o caminho é muito mais,
Que além dos tropeções e vendavais
Assomam-se já graças prometidas.
Afaga-me o cabelo e, por favor,
Sorri como só tu sabes sorrir;
Ensina-me a chegar após partir:
És hoje a minha bússola de amor.
20/01/2016
18:16
Subscrever:
Mensagens (Atom)