quarta-feira, junho 15, 2016

Remorso

Era um dia tão cinzento
Como outros dias de Outono
E o céu chorava de mágoas;
Era o eco de um lamento
De uns olhos ao abandono
Lavados nas suas águas.

As chicotadas do vento
Mal as sentia, irrisórias
Ante os remorsos da vida;
Torturas que em pensamento
Arrastam duras memórias
De uma alma arrependida.

Desse Outono era refém
E chorava por ter feito
Tanto mal no seu passado...
Não há sol para quem tem
Nos escombros do seu peito
Um coração tão pesado.

14/06/2016
15:25

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