De tanto que a noite é escura
Do pouco que é claro o dia
Parece a noite que dura
Tanto mais do que devia
De tanto que os olhos choram
Do pouco que a boca ri
Parece até que demoram
Mais as lágrimas em ti
De tanto que erram as mãos
Do pouco que o ser acerta
Tanto que os sonhos são vãos
Tanto que a alma é deserta
É tanto que o peito sente
Se não é medo, é saudade
Tão poucas vezes contente
Ao sabor da tempestade
15/07/2017
12:07
terça-feira, julho 18, 2017
quinta-feira, julho 13, 2017
Renúncia
Houvesse ainda vontade,
Fosse a vida menos tarde,
Vencesse eu esta mudez...
Se me deixasse a saudade,
Se não fosse tão cobarde,
Mais feliz fora, talvez...
E não andara à deriva
E fora a vida mais viva
E tudo o mais que eu errei
Em tão toscas tentativas...
Houvesse ainda saliva
P'ra dizer o que não sei.
Voltar atrás não se pode
E não há quem nos acorde
Deste torpor que é viver;
Que o vento não me incomode
E a chuva não me recorde
Do que é ser, do que é sofrer.
24/05/2017
23:41
Fosse a vida menos tarde,
Vencesse eu esta mudez...
Se me deixasse a saudade,
Se não fosse tão cobarde,
Mais feliz fora, talvez...
E não andara à deriva
E fora a vida mais viva
E tudo o mais que eu errei
Em tão toscas tentativas...
Houvesse ainda saliva
P'ra dizer o que não sei.
Voltar atrás não se pode
E não há quem nos acorde
Deste torpor que é viver;
Que o vento não me incomode
E a chuva não me recorde
Do que é ser, do que é sofrer.
24/05/2017
23:41
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