sábado, fevereiro 02, 2008

Apostasia.

Entorno da senda dos meus passos
Gélidas ideias da vida que se encomenda…
Já fui distância que se embaraça no impasse da loucura,
Mas agora sou apenas eu,
Distante de mim, mas inabalavelmente eu.
Faço de conta que sou profeta diluviano,
E afago os dias com mãos de firmamento.
Apenas o trago roufenho de uma qualquer bebida espirituosa,
O beijo entregue ao meu delírio,
A sombra do que pudera ser se não fosse eu.
Decerto loucamente,
Prorrogo o esquecimento e a aférese do meu silêncio,
E fico suspenso no nominativo das palavras.
Procuro a abcissa do entretanto,
Nesta abiótica torrente de êxodos icásticos,
E anseio pela total apostasia do concreto.

02/02/2008
5:28

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