segunda-feira, junho 02, 2008

Variações.

Segura a minha mão
E sente os tremores e os temores e as angústias sublimadas…
Acende os meus dedos com um sopro de argêntea honestidade.
O solstício da vida na juventude do ser,
E a primavera perdida nas ligeirezas do amor,
São gumes, lâminas finas
Giestas, cravos, milícias, sortido de avenidas tisnadas de dúvida.
Aponta os livros proibidos,
Hereges da minha alma,
Na lista oclusa, negra do estrado,
E atenta à lívida estrada da incerteza no túmulo.

Sussurra e mastiga as palavras, espadas jocosas
Da minha ousadia;
E rasga as figuras de estilo que desenho a carvão no ocaso impotente.
A linha separa o encanto e o afinco por entre duas margens soltas,
Separadas virgens sulcadas pelo meu suspiro
Metáforas religiosas, mecenas, vigários
Sedentos.

Segura os dois braços descaídos num vitupério dormente
Entre a vitória enlutada e a derrota gritante,
Sinais de uma boca vidente, portanto
Que mente tantos nadas
Na ponte de um ontem amante…

28/05/2008
4:29

5 comentários:

Anónimo disse...

Acabei por ler aqui nada!
Neste parafrasear ensarilhado!

frosado disse...

eu gostei. é uma mente profunda que se nos paresenta.

Anónimo disse...

Eis um misto de maturidade e crença insípida. Tens um caminho longo ainda por trilhar. Fá-lo genuinamente e com sábia.

Kel disse...

I know someday you'll have a beautiful life,

I know you'll be a Star
In somebody else's sky
But why

Why

Why can't it be
Why can't it be mine

Anónimo disse...

interessante e original, bingo.