Pressinto os dias como rios inacabados
No ocultismo recluso de duas mãos desencontradas.
A pintura confere à tela o seu sonho,
Ainda que a não ensine a sonhar,
Com a melancolia de um sopro que atiça o fogo para se queimar
Porque julga então poder alcançar o vento.
Somos todos cineastas diletantes,
E espalhamos sindicatos ao acaso
Numa toalha rendada de hábitos
Só para que o amanhã não traia o que ontem já traiu...
Somos santos à vez todos os dias,
E bandidos e leprosos a cada hora,
Vendendo nomes e conceitos num mercado
Centralizado
Por três ou quatro palavras vãs numa lápide.
Chegou a hora, a outra, a mais difícil,
Talvez que a hora do desarmamento global,
Mas pousamos por terra as munições
E escondemos a chave do nosso bunker.
26/06/2008
11:40
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