terça-feira, fevereiro 10, 2009

Plêiade.

Doem-me os olhos de tanto rir sem gargalhadas.
Parece até que os ímpios laivos de congruência
Na minha ausência de languidez comportamental
Se delineiam obliquamente numa lousa informe,
Tomando formas,
Escassez de salmos jucundos que alijem a própria consternação de me ser.
Na dor se aglomeram artificiosos bramidos,
Veleidades a que o grémio da objectividade se consente,
Urdidas em mérulas roucas deslembradas do seu tão patente crime de anacronismo.

O padecimento é, em qualquer género, inadequado,
Um maquinismo tosco que infama a cada diligência singular a compleição magistral,
Sustentáculo do real, plêiade de intenções,
Que por Todo-Poderoso designamos.

Sobeja, enfim, um vestígio de sobriedade,
Mas ministre-se o cálice transbordante do capricho,
E ei-la a dissolver-se, quase irreversível, na frívola teimosia do conforto.

10/02/2009
02:36

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