Podia dedicar-vos todos os poemas escritos,
Vislumbres de mentes pueris que se aventuram a espreitar portas infames,
Mecanismos catárticos de excelência inegável,
Frutos maduros, parras verdes,
Ou uma mera roleta russa de um espírito pululante.
Dedicar-vos a poesia do mundo seria como abençoar um pecado,
Curva fechada sobre si mesmo, espiralada
Contra o seu centro.
O contrário de muitas palavras não tem vida própria,
Mas a desenvoltura com que se contraria a natureza do corpo é quase tão enfadonha
Como a naturalidade com que se escarnece da alma.
Por tudo isto, deixo um poema marginal,
Uma salvaguarda a esse sacrílego ritual,
Uma excepção à loucura que se gatafunha nestes dias.
P.S.
A dedicatória vai em branco,
Mas que não vos apoquente:
É para ti, como para toda a gente...
11/03/2009
07:10
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