A liturgia elevada
Exponenciação da loucura
Uma utopia encarnada
Na voz do fado entoada
Fuzileira da censura
Almas vivas, desgarradas
Na complacência das musas
Nas noites mal afamadas
Um pescoço, sete espadas
E um céu de estrelas difusas
Ondulação delirante
Em espuma e ventos e lodos
Oração do nosso Infante
Jóias e sangue a montante
E a jusante os medos todos
Glórias e escuras derrotas
Inocência desculpada
Nestes jogos de batotas
Lançam-se os dados às rotas
À primeira badalada
À margem, silenciosos
Nas labaredas urdindo
Os homens audaciosos
Que se fazem poderosos
Nos cais desse mundo infindo
Na Bíblia do nosso fado
Rezam profetas ateus
Não há chão que seja errado
Porém, não esqueças cuidado
Que é certeira a mão de Deus
12/10/2009
18:50
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