Reminiscência da constante cosmológica,
Abismo em chamas de um Hades outrora vivo,
Esfera celeste, poetisa escatológica
Que afoga o tempo entristecido sem motivo.
Radiação de tanto lixo nuclear,
Mercúrio líquido, volátil e sangrento,
E a história inteira num só mantra secular
Que embala o mundo no seu tosco movimento.
Rédeas de sombra e marionetas disfarçadas,
Vozes distantes que anunciam dissabores,
Pátrias apátridas de fronteiras rasgadas
Que amparam sobras de amarguras e rancores.
Rochedo agreste no promontório dos crentes,
Armada insípida na patrulha dos medos,
Âncora frágil que entrelaça dissidentes
E outros mais que se aborrecem nos seus credos.
07/12/2009
11:13
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário