Levo a noite nos ouvidos,
Fera tombada na arena,
Mais do que grande, pequena
Entre os demais alaridos;
São silêncios repetidos
Das elegias que sonho,
Um brilho inerte, medonho,
De sensações peregrinas
Escondidas entre as esquinas
De um luar que, assim, transponho.
Levo o silêncio nas mãos
Fechadas contra a saudade,
Madeixas de intimidade
Soltas ao vento dos nãos.
Em pensamentos irmãos
Componho a lírica vaga
Que me acompanha e indaga
Pela noite que carrego,
Sombra de mim, do meu ego
Que me invade e que me alaga.
De um luar que, assim, transponho,
Que me invade e que me alaga;
De uma noite inteira, um sonho,
Ser ardente em turva chaga.
01/06/2010
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