Estas quadras de cordel
Tão singelas que escrevi,
P'ra que saltem do papel
Vou recitá-las aqui.
Mas não julguem imodéstia
Nem pretensão de louvoures;
Não sofro dessa moléstia
Que assola tantos doutores.
Não busco glórias nem fama
Ao escrevinhar tais quimeras,
Nem quando a boca declama
As minhas quadras sinceras.
Junto palavras vulgares
Mais dois ou três pormenores;
Nascem quadras populares
Em redondilhas maiores.
Cruzada componho a rima,
O poema assim norteio:
Rima abaixo, rima acima,
Chega até rimar no meio.
Pois senão veja esta estrofe,
Atenção a cada linha;
Pense agora, filosofe,
Está na hora d'adivinha.
Qual é coisa, qual é ela,
Redonda como um tostão?
Pense bem, tome cautela,
Abre e fecha sem cordão.
E assim com este remate
Vos deixo p'ra meditar.
Abre-se a mesa ao debate.
Qual de vós quer começar?
14/10/2014
11:41
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