Olhos abertos, sou trégua;
Olhos fechados, clamor;
Os meus olhos são a régua
Com que meço a minha dor.
De olhos abertos eu vejo
Que há dores em toda a gente;
Fechados são de sobejo
As que o meu coração sente.
Mas não vou de olhos desertos
Consumido em amarguras;
Trago os olhos bem abertos,
Evito andar às escuras.
Só quando à noite, fechados
No silêncio que reclamam
É que os meus olhos cansados
Suas lágrimas derramam.
18/10/2015
20:01
domingo, outubro 18, 2015
sexta-feira, outubro 16, 2015
A Memória de Outros Dias
A memória de outros dias
Não me deixa sossegar
Em porquês e todavias
Já me cansa o recordar
Porquê, palavra, punhal
Se no seu eco se esconde
Entre soluços e sal
O todavia responde
Responde-me, e todavia
É com mais porquês que fala
Nem o porquê me sacia
Nem todavia me embala
A vida é paz provisória
E o presente uma miragem
Outro dia, outra memória
Nesta agridoce viagem
16/10/2015
12:18
Não me deixa sossegar
Em porquês e todavias
Já me cansa o recordar
Porquê, palavra, punhal
Se no seu eco se esconde
Entre soluços e sal
O todavia responde
Responde-me, e todavia
É com mais porquês que fala
Nem o porquê me sacia
Nem todavia me embala
A vida é paz provisória
E o presente uma miragem
Outro dia, outra memória
Nesta agridoce viagem
16/10/2015
12:18
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