sexta-feira, outubro 16, 2015

A Memória de Outros Dias

A memória de outros dias
Não me deixa sossegar
Em porquês e todavias
Já me cansa o recordar

Porquê, palavra, punhal
Se no seu eco se esconde
Entre soluços e sal
O todavia responde

Responde-me, e todavia
É com mais porquês que fala
Nem o porquê me sacia
Nem todavia me embala

A vida é paz provisória
E o presente uma miragem
Outro dia, outra memória
Nesta agridoce viagem

16/10/2015
12:18

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