Jogging.
A vida a transpirar através dos meus poros…
Acácias e cedros que pontuam a demora…
Fingindo não me importar,
Amputo o polegar esquerdo,
(Que o direito às vezes dá jeito,)
E com o pedaço de carne ainda quente outra mão,
Com a unha roída até à exaustão,
Quase que sinto um esgar de adrenalina,
Uma ameaça de tenra excitação
Que percorre o meu sistema nervoso central imobilizando os pensamentos.
E depois,
Tão lesta quanto à chegada,
Esvai-se a excitação,
E de esfíncter involuntariamente contraído,
Retorno.
(Mais tarde…)
Uma gota de suor,
À descoberta dos meandros da minha face,
Percorre a distância que separa a têmpora do lábio,
Para aí repousar até que a língua,
Contrafeita,
Se resigne a sorvê-la entre dentes.
(Ou então é a parte de trás do pulso que a amacia contra a pele ardente.)
(À noite…)
ZZZZZ…
(Devia tratar da minha onicofagia obsessiva…)
23/09/2007
23:11
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