segunda-feira, maio 19, 2008

Receituário para um falso ídolo.

Faz de conta que o sigilo te enternece,
E reencontras as fragatas do teu céptico romantismo
Nas paredes cravejadas de respostas disfarçadas
De respostas.
Acende o tempo numa tocha de rancores distraídos,
E neutraliza o alcalino do momento,
Tangente oculta nas relíquias de um sono mais demorado
Ou de um acordar genuíno.
Deposita os teus soluços numa semente envenenada
Feita de células estaminais e ricochetes;
Na miríade dos teus passos o rastreio da vaidade
E esguichando lentamente vida halina um espanta-espíritos à entrada da memória.
Consola a alma com bailes de máscaras defeituosas,
Mas sacia a tua sede com um elixir magnânimo de humildade,
Já que o tempo, sem ter tempo, te encurrala
Num momento, que em breves momentos, resvala.

18/05/2008
11:10

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