sábado, novembro 06, 2010

Alquimista.

Quis inventar o perfume dos deuses.
Lembrei-me de ti... à noite...
Isolei-te a essência e destilei-a,
Fraccionada em pequenos tragos da paixão
Que me guia a mão trémula
Na épica química do teu cheiro preso
À almofada.

A reacção foi efusiva:
Houve corrosão das placas de Petri
Em que te cristalizava a alma;
Novelos de fumo púrpura humedeceram-me os olhos
E sufocaram-me em soluços.
A violência do acto revelou-se
No resíduo turvo que do teu sopro restou.

Relatório experimental:
Fracasso!
O espírito rejeita extracção.

(Nota: manter o lume brando da próxima vez...)

04/11/2010
20:04

2 comentários:

raquel disse...

=)

Anónimo disse...

lol É a isto que se chama uma solução poético-científica. Sendo que os solutos sao a poesia e a ciência, e o solvente é o texto. ;)
Bom trabalho