Esse amor que me é negado
É da minh'alma inimigo;
Expiação de um meu pecado;
Dos meus crimes o castigo.
Esse amor que me recusas
Ante os meus pedidos vãos
Agita chamas confusas
No lume das minhas mãos.
Esse amor que não se entrega
É o maior dos meus trabalhos;
Frenesim que não sossega;
Faz-me os cabelos grisalhos.
Esse amor que me persegue
Mas não se deixa prender
Anda a ver se me consegue
Finalmente enlouquecer.
Esse amor 'inda há-de ser
O mais fecundo pomar
E o que dele há-de nascer
Nossa fome há-de matar.
Havemos de amar um dia
Esse amor que hoje rejeitas;
Se esqueceres a teimosia
Ganha o amor, contas feitas.
11/06/2014
21:57
quarta-feira, junho 11, 2014
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário