Túnicas desembrulhadas para revelar um desconhecido imperfeito,
Célula de memória,
Empalhada na inocência de querer.
Enleada na trama do meu fracasso.
Céptico, invariavelmente cobarde,
Insolente nos meus caprichos,
A sombra de um animal na parede branca de um quarto despido.
Diligências forjadas em metais frígidos,
Sopa de trevos e cicutas,
Estevas húmidas que empecilham a sucessão dos eventos,
Claridade nos espaços, sonolência nas intrigas.
A escotilha é nebulosa, enfadonha,
Mas o banquete está servido,
Os candelabros afugentam o incómodo da escuridão,
Dormências inflamadas,
Purga da minha infâmia.
Esquiva de si mesma, a mesma míriade de açucenas que crepitam ao luar,
E o demiurgo que acalenta o pleonasmo da existência que se esconde no ruído.
Estáctica quintessencial de virtudes decepcionadas,
Rebeldia na tormenta de um abraço,
E mais um sonho que tomba às mãos litúrgicas de uma Excalibur.
“Inherit your destiny,
But give away your solitude.
Ambush me behind the walls,
Catch me taking a little peek,
And then just let me there to exist.
Now crawl, shout and do as is meant:
There’s no escape now…”
12/04/2008
5:18
sábado, abril 12, 2008
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