terça-feira, maio 27, 2008

Autópsia.

Entalados nas vísceras do meu propósito,
Debruçados sobre uma plataforma venérea de promessas,
Feridos por espinhos e suturados às avessas,
Cúmplices dos meus enigmas,
Estigmas dos meus caprichos,
Acendem lumes na enseada do crepúsculo
E vencem sombras que enlouquecem o presente.
São cânticos, árias ao meu bucolismo,
E odes e hinos à minha infâmia,
Socorridos por legiões debandadas ao silêncio,
Monossílabos encarcerados numa caixa negra platónica
Que aguardam ávidos pela ribalta de um predador.

Encontram-se nos quelatos da loucura,
E percorridos os trilhos ímpares de uma fissão nuclear,
Consentem mesmo as palavras mais austeras.
São medos,
São a minha fusão a frio...

20/05/2008
21:32

2 comentários:

Anónimo disse...

You are the perfect sum of perfection and imperfection.

Não te esqueças disso.

Ela disse...

Li a tua "autópsia" no mundo universitário!

Resolvi passar por aqui para dizer k gostei =)

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