terça-feira, abril 07, 2009

Epónimo.

A ligeireza acabrunhada de um profeta
Que, acometido do vendaval do perdão,
Desvenda, em sonhos, o sorriso desse asceta,
Qual mercenário nos limites da visão.

Súbita a margem no precipício do ser,
Fábula escrita em letras de algodão tisnado,
Em em labaredas, colorido entardecer,
Os estuários de um coração sitiado.

Calcorreando uma improvável conivência,
A uma ingénua complacência se remete:
«A consciência, meu amor, a consciência,
Não se desvenda na razão que me promete.»


06/04/2009
19:49

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