Sei bem que possuis dois credos,
Falas bem, és perspicaz...
Sei que tens o toque de Midas nos teus lânguidos dedos,
Segredos.
Sei bem de tudo o que és capaz...
Sei que te emprestas todos os dias,
Que te alugas, que te fazes valer;
Sei que alimentas, de mãos vazias,
Entre cólicas e correrias,
Uma fraca imagem de homem ou de mulher.
Sei que vagueias sem consentimento,
Que padeces, que enlouqueces,
Que te exploram pelo teu parco sustento,
Que te esvaziam do teu frágil alento,
E que te esqueces...
Sei bem onde e de quem te refugias,
Sei tanto mais que não digo...
Conheço os arquétipos, os símbolos, as alegorias...
Fracos guias
Quando o que faz falta é apenas um sorriso amigo.
Sei que não voltas atrás:
Não podes, não há como desmaterializar a memória;
Mas não te tornes também tu num Barrabás,
Escárnio divino de um povo que não conhece paz,
Inglória vitória.
Sei que não serás vencido.
Tens um desejo? Eu to concedo.
Mas não te acanhes no pedido,
Está, desde já, concedido.
Não tenhas medo.
26/04/2009
7:32
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