Entrego em mãos duvidosas
Que se afoitam na colecta
O meu destino profano
Em tentativas chorosas
De tornar meiga e repleta
Esta vida em desengano.
Estendendo esguios os seus dedos,
Recolhe o sopro irmanado
De versos e ladainhas;
São segredos os meus medos,
E uma guitarra de fado
Que embala dores vizinhas.
É silêncio que me espera
Do outro lado de um muro
E a quem me dou por inteiro,
E assim digo: “Quem me dera
Ser neste véu tão escuro
Um divino candeeiro.”
12/05/2009
19:42
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário