Dolente, a soluçar, uma guitarra,
Em notas de profundo sentimento,
Que me liberta só por um momento
Do negro pranto a que esta dor me amarra.
Acordes que ressoam aturdidos
No fundo da minh’alma dolorida
E acendem uma saudade sentida
De tempos já pelo tempo esquecidos.
É nesses sons plangentes que me escuto,
Num choro que traduzo no meu fado,
E neles evoco águas do passado
Que vogo agora em fragatas de luto.
Das cordas solta-se a voz murmurante
Que embala com brandura este meu canto;
Se apenas no fado esqueço o meu pranto,
Que eu viva, então, no fado a cada instante.
26/06/2007
5:32
(Para cantar com a música do "Fado Licas", de Armando Machado.)
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário