O que procuro não me encontra.
Pudera eu murmurar na rouquidão desta noite,
E as palavras seriam templos a Morfeu,
Maremotos imperfeitos,
Dunas de Éolo, Mar de Egeu,
A chama olímpica derramada no passadiço…
E um mundo inteiro para acordar nos meus sentidos,
Uma janela inclinada sobre Cronos,
Sentinela e farol e nevoeiro.
Risco lívido, ruborescente,
Um mantra tisnado de negro.
Lençóis de linho e fronha de espinhos…
Troveja a noite, esta mesma, a mesma noite,
Possessa por ser possessa,
Possante, sem se deixar possuír…
Trova de amor e cosmética,
Trapo da loiça, farrapo,
A gravata e as seroulas.
Trago o teu nome por escrever,
A tutelagem perscreve,
Mas o laço é perene.
Trocava a vida por um beijo;
Mas porque sei que não me encontras,
Que tão descaradamente te escondes,
Troco-a somente por vida.
05/04/2008
5:51
sábado, abril 05, 2008
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2 comentários:
Fico à espera.
O que procuras encontrou-te..Mas será que era isso que realmente procuravas? Olha à tua volta..Não procures mais..Abre os olhos e verás..Liberta o nevoeiro que encobre os teus sentidos..Está lá.À tua espera..
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