segunda-feira, novembro 02, 2009

Contratempo.

Veloz, corre o meu sopro atrás de um rasto,
A ténue insinuação de um meu destino,
Meu peito exala em vão um vento casto
Cuja inocência foge em desatino.

Atrás da parca luz dos dias fora
Sigo em marcha solene esses resquícios
Que traz de um outro tempo ao tempo agora
Um bouquet de armadilhas dos meus vícios.

Travões não os conhecem os meus passos
Que em frenética dança me embaraçam,
São sombras ou miragens dos teus braços
Mitologias que entre si se abraçam.

Assim, o meu suspiro não tem porto,
Navega entre os rochedos e os escolhos
Que a minha alma povoam sem ser morto
E enxugam o silêncio dos meus olhos.

31/10/2009
13:03

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