A senda que se abriu
Entre o ontem e o depois,
Jamais os olhos porosos do bolor
E as avaras mãos do esquecimento
Tocarão.
Sempre nas trevas há sementes de loucura,
E luz aos flocos como neve do Olimpo.
Viram-se as páginas quase soltas,
Algumas amarelas de vergonha,
Mas nenhuma alvura como a capitular de um reencontro
Desmascarado.
Os deuses dormem sonos inquietos,
Em velhos lençóis de tecido rarefeito...
Eu durmo enleado no secretismo escarlate
De desfolhadas,
E sonho como o livro nunca escrito,
Mas sonhado,
E que vou decorando a cada travessia descuidada do ocaso.
Serás tu a minha saga,
Odisseia do meu olhar,
Epopeia do delirante precipício
Em que tropeço de propósito para cair
Na minha Atlântida.
29/02/2008
22:10
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