Os sonhos são avessos da memória,
Acessos restritos de imaculada gnose,
Vencidos pelas frestas de uma persiana mal afamada.
Quando se sonha,
Conquista-se o passado e desvenda-se o futuro,
Multiplicam-se imagens e episódios,
E soletra-se de cor a mitologia do ser:
Anjos caídos e messias ressurrectos.
Nos sonhos, é-se livre de embaraços,
Mas prisioneiro de conceitos e desejos,
Numa tragicomédia ao estilo clássico escrita num papiro em combustão;
Sente-se o que não se sente só pelo hábito de sentir,
E julga-se compreender ou abdica-se do intento.
Na verdade, não há verdades:
Há impressões de concreto,
Enciclopédias cheias de palavras,
E uma mente programada
Hiperactiva
Para o desassossego.
Quando sonhares,
Sonha encoberto...
13/04/2008
00:20
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1 comentário:
http://www.youtube.com/watch?v=eJ3bmGTDg1c
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