Dissolvo a espera gritante
Que há na prisão dos teus passos
Neste licor bilioso,
Instante de dor,
No cigarro tortuoso,
Premissa de amor
Que há-de esta espera calar
Com voz de lábios e braços
E a partitura que trazes no olhar.
Devolvo ao ser indulgente
A minha voz diluída
No coro das nossas mãos,
Semente de amor,
Somos dois corpos irmãos,
Somos da mesma cor
Que há-de pintar a doçura
Desta paixão foragida
Na tela acesa da nossa loucura.
Revolvo o aroma que adoça
Boca que busca o divino
Nas ervas todas do monte
Da nossa afeição,
Bebo da água da fonte
Que entorna no chão
Aos nossos pés as promessas
Que movem sonho e destino
Para a frente e para trás e às avessas.
23/03/2010
14:55
terça-feira, março 23, 2010
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