Há linhas pintadas na estrada
Com tinta invisível,
Manchadas da cor combustível
Na berma entornada;
Percorre-as o ser indisposto
Do medo estampado no rosto,
Da dúvida presa, indizível
À boca fechada.
À margem tropeça a vontade
Por trilhos sem dono
E o cheiro da tinta sem sono
Polui a cidade
Das sendas, dos arruamentos;
Desvenda-se em mil cruzamentos
O reino das almas sem trono
Que a dúvida invade.
São milhas a perder de vista
De estradas abertas
No chão das escolhas incertas,
No chão da conquista,
E as horas circulam sem conta
Por todas as horas de ponta;
São sonhos em estado de alerta
Nas curvas da pista.
27/03/2010
15:15
sábado, março 27, 2010
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