Dizem que o tempo cura
As dores que se sente
E que as mágoas da vida
As alivia Deus;
Mas esta dor perdura
E dói constantemente,
A dor de uma partida,
O derradeiro adeus.
Amargurada dor
Que insistes em doer,
E que não ganha idade
No tempo passageiro;
Não há sequer clamor
Que vos possa dizer
Quanto dói a saudade
De um adeus derradeiro.
Só este fado triste,
Cantado ao desalento,
Evoca uma miragem
Tão ténue do passado;
Mas esta dor persiste,
Em constante tormento,
E rouba-me a coragem
Para enfrentar meu fado.
31/05/2007
0:57
(Para cantar com a música do "Fado Alexandrino do Estoril", de Armando Augusto Freire.)
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