Sou o que resta da praia
Cristalizada no rosto
Quando o meu pranto desmaia
E envolve as mãos em desgosto.
Sou essa areia entornada
E a maresia inconstante
Que minh’alma torturada
Alimenta a cada instante.
Vivo no avesso da vida,
Na ventania quebrada;
Sou uma vida despida
Nas sombras da madrugada.
Sou um lamento já mudo,
Sou uma voz magoada...
Serei eu já quase tudo
Sendo, afinal, quase nada?
25/06/2007
0:16
(Para cantar com a música do "Fado Amora", de Joaquim Campos.)
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