Fiz da minha saudade uma escultura
P’ra acalmar esta dor que me traz morto;
Esculpi no mármore a tua figura
Esperando nela encontrar reconforto.
Com um cinzel de prata luzidia;
Com um martelo de bronze robusto;
Esculpi na dura pedra noite e dia,
Num trabalho doloroso e injusto.
Depois da minha obra concluída,
Fitei a calidez que ela encerrava…
Fiquei ali prostrado, olhando a vida
Que nessa estátua vã se insinuava.
Num momento fugaz se fez magia
E a tua voz falou enternecida:
“Não percas nunca essa tua alegria
Que alegrias me deu por toda a vida.”
08/06/2007
1:25
(Para cantar com a música do "Fado Bizarro", de Acácio Gomes Silva.)
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