De que faço as minhas frases? De paredes; de pedras duras, opacas, dormentes. De momentos rijos, cheios de pus. De mim.
Emancipação vervosa.
Não controlo as palavras. Não controlo nem a mão. Sou igual às crianças que passam. O meu cérebro é que cresceu demais e dói-me nas costuras do crâneo.
A pele quase não me serve. Dispo-a e revisto-me. Revisito-me. Reescrevo-me.
(Um texto da minha irmã, Cláudia Morais, que aproveito para saudar.)
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