quarta-feira, abril 18, 2007

Deus é a fluidez.

Desde os primórdios da história da humanidade que esta sente necessidade da existência de entidades superiores, sendo que as primeiras se relacionavam directamente com os fenómenos e os elementos da natureza, como o sol, a lua, o fogo, a chuva, etc. Isto aconteceu a partir do momento em que o homem passou a analisar o mundo exterior, afastando-se progressivamente de si mesmo. Mais tarde, com a crescente complexidade do ser humano, os deuses passaram a ser associados igualmente a valores e qualidades humanas, como a guerra, as artes ou a alegria. Depois, surgiram os primeiros sistemas religiosos monoteístas, que atribuem todas as coisas acima mencionadas e todas as outras ao mesmo ser divino como frutos da sua criação. E, desde então, o homem tem tentado definir e provar a existência de um Deus que, na verdade, não é menos válido do que os deuses da Grécia Antiga ou da Mesopotâmia: todos eles têm o mesmo intuito, e todos eles têm escrituras sagradas e fundamentos a favor e contra. O que se passa é que este Deus de que hoje se fala foi impingido às pessoas no seio do Império Romano como forma de controlo. Daí o sem número de elementos pagãos que ainda subsistem na religião cristã. Este Deus não faz, para mim, qualquer sentido. Para mim, Deus não é uma entidade ou um ser ou uma potência. Deus não é o criador de todas as coisas nem o senhor omnipotente do Universo. Deus É a própria existência das coisas, e flui livre e espontaneamente através delas, sem deliberação nem acção. Deus é a fluidez.

1 comentário:

A proprietária disse...

Deus faz de nós a potência.
Deus é a fluidez.

Regozijo os teus «Inevitable Thoughts» :)