terça-feira, maio 29, 2007

Chama acesa.

Meu coração vou deixar-te entreaberto,
E também a chama acesa, vás tu q’rer
Abrir o jogo na mesa, tão incerto,
E dizeres-me “quero amar-te até morrer”.

Em minh’alma tens ainda, se voltares
Para mim, uma guarida que é sagrada;
Desiste da despedida, se me amares,
Pois serás sempre bem-vinda, sempre amada.

O meu corpo ansioso pelo teu,
Dou-to ainda de bom grado, lés a lés;
Que este corpo que é do fado, não esqueceu
Tesouro tão precioso que tu és.

Por isso, se acaso queres, não demores
Que eu fervilho de incerteza nesta mágoa,
E posso encontrar beleza nos amores
Dos braços doutras mulheres, como água.

29/05/2007
3:11


(Para cantar com a música do "Fado Menor", com complemento de versículo.)

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