'Inda tenho do sal da despedida
O nefasto paladar que perdura
Em cada lágrima que escorre escura
E perpetua em dolorosa ferida
Estes meandros vis da desventura.
Amordaça esta garra que, insistente,
Me aperta, dentro do peito, a vontade.
Chamar-se-á esta dor só de saudade?
Amarei, eu, sofrer, inconsciente?
Memórias que me assaltam despertando
À dor o gume atento e implacável,
São rumores de um fado incontornável,
São contas de um fio que vou desfiando
Em direcção à sombra inominável.
23/05/2007
21:13
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