Perdi-me em pranto e queixume
Nas ondas desta agonia,
Maresias de amargura;
E em meu coração um lume
Que ateia dor noite e dia
E me conduz à loucura.
Só o luar pressagia
Um breve sopro de tréguas
Que é o meu sono agitado;
Sonho, qual alegoria,
Percorrer milhas e léguas
Em busca de um outro fado.
E nesta réstia de alento,
Desesperada vontade
De reaver minha alegria,
Dou meus suspiros ao vento,
Dou a alma à tempestade,
Numa profunda ousadia.
24/05/2007
23:36
(Para cantar com a música do "Fado Cravo", de Alfredo Marceneiro.)
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